Nascemos para
manifestar a glória do universo que está dentro de nós. Não está apenas em um
de nós, mas, está em todos nós.
E conforme deixamos
nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas a
permissão para fazer o mesmo.
E conforme libertamos
do nosso medo, automaticamente libertamos os outros.
(Nelson
Mandela)
A intolerância de todo tipo sempre foi um
dos grandes vícios sociais que atrapalharam o avanço social do mundo, e
avalizou conflitos violentíssimos em todos os continentes do Planeta.
A sociedade moderna é vítima de um
fenômeno de segregação denominado bullying.
O bullying
toma diversas formas, como: racismo, a intolerância religiosa, o preconceito
social, a homofobia e outras inúmeras máscaras sociais.
Esse fenômeno é modalidade de assédio
moral e físico toma o mundo de forma silenciosa, cruel e violenta, abreviando a
vida de muitas pessoas ou deixando cicatrizes psicológicas para a vida toda.
A única forma de enfrentá-lo é quebrando
o silêncio sobre este tema de forma aberta e franca nas escolas, nas famílias e
em todos os ramos de nossa sociedade.
É preciso perder o medo de falar do bullying, pois, ao passo que se fala
sobre esse problema, é possível encontrar soluções para dirimir as causas dessa
violência e criar uma cultura de paz e tolerância.
O bullying
é agravado pelas culturas do materialismo, do culto a forma física e da
padronização social.
O mundo ainda se prende em padrões
socioeconômicos, físicos e raciais, e inclina-se para a disseminação de uma
cultura antropofágica, que deturpa os valores da vida e cega a humanidade
acerca da dignidade e do respeito mútuo.
Essa cultura do ter, do poder e do
aparentar, adoece nossos jovens de modo a fazê-los esquecer da possibilidade de
potencializar o que são internamente, para focarem em seus valores estéticos e
físicos.
A educação familiar e acadêmica visa cada
vez mais à desmedida competição, a sobreposição de poderes ao invés do mutuo
auxílio entre as diversas capacidades e saberes. Isso torna nossas crianças e
jovens em seres competitivos e não seres sociais. Fazê-los observar a beleza da diversidade, respeitar a
peculiaridade física, a origem social, o credo, e as condições econômicas dos
seus pares no mundo, torna-os cidadãos conscientes da necessidade da defesa
irrestrita da dignidade da vida humana. Estou
certo que este dia chegará e que nossos sucessores construirão uma sociedade de
valores igualitários, em que a luz do caráter será mais importante do que as
coisas e os conceitos sociais impostos pela cultura do consumo.
Neste dia a vida será plenamente linda
porque viveremos sob o signo do amor incontestável e incondicional ao próximo.
É preciso ensinar para nossas crianças
que há beleza na unicidade de cada um delas, e que não é preciso ter medo de
levar a vida da forma que nasce; não é preciso mudar seus padrões para ser
aceito em um circulo social. É preciso apenas, ter luz própria e iluminar a
vida dos demais com compreensão e amor, para que elas brilhem também.
Porque quando vencemos os medos,
auxiliamos as pessoas em nossa volta a fazer o mesmo.
Eu tenho um sonho que minhas
quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão
julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho
hoje!
(Martin Luther King Jr.)
(Martin Luther King Jr.)
Alexandre Saldanha
OAB-PR nº 47.535