terça-feira, 30 de outubro de 2012

GALERIA DE MESTRES: HOMENAGEM PARA A PROFESSORA BARBARA ABIB NEVES MATOS E PROFESSOR WALDIR MATOS


                           OS MECENAS DA MINHA CIÊNCIA.
Professora Barbara Abib Neves Matos
                (O anjo da guarda da minha ciência)
Sabe quando, absolutamente, toda a comunidade científica afirma que seu trabalho não é suficiente, que sua pesquisa não será aceita?
Pois bem, quando tudo isso aconteceu comigo, a Professora Barbara Abib Neves Matos e o Professor Waldir Matos caminharam na rota inversa para poder defender minha ideia.
Para quem não sabe, eu tive enormes dificuldades para escrever durante a minha monografia, tinha dificuldades para encontrar bibliografia do tema, e por isso, também tive enormes dificuldades para adaptá-lo para o direito.
Todos os meus colegas já tinham entregado seus trabalhos, apresentado a monografia para suas bancas e eu ainda estava pesquisando.
Quando terminei, meu trabalho, ele estava imperfeito e no dia da apresentação a banca decidiu que cancelaria minha apresentação para que eu não reprovasse. E assim foi feito.
Confesso que pensei em desistir, me senti inapto para a ciência e insuficiente para defender um sonho.
Neste momento apareceram as duas pessoas que mudariam totalmente o curso da minha vida: Professora Barbara e Professor Matos.
Estes professores me acolheram durante dois dias em sua casa, e ajudaram a reestruturar o trabalho, me ensinaram tudo sobre estrutura científica de um trabalho, me ensinaram como escreve, como pesquisa... Como se faz um trabalho (Uso o que foi ensinado até hoje).
Nestes dois dias refiz todo meu trabalho conforme as mais rígidas normas de forma científica que havia na época.
Estes professores foram os anjos da guarda do meu sonho de combate ao bullying.
E com a ajuda fundamental destes professores, aos três dias do mês de dezembro de 2007, o sonho chamado combate ao bullying ganhou a banca avaliadora e eu segui em frente confiando no meu ideal que, desde então, dá sentido a minha vida profissional.
Lembro-me da Professora Barbara comemorando efusivamente minha aprovação e me falando para nunca desistir, para me aperfeiçoar e escrever muito.
A doçura dessas palavras mudou o curso da minha vida e oportunizaram a maior jornada da minha vida.
Não há neste mundo, uma forma de agradecê-los por isso.
Muito obrigado meus queridos professores, meus anjos da guarda.

Alexandre Saldanha
OAB-PR nº 47.535


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

RECEBIMENTO DO TÍTULO “MOÇÃO DE APLAUSOS” NO II FÓRUM FAÇA AMIZADES BULLYING NÃO


No dia 26/10/2012, recebi o título Moção de Aplausos da Comissão de Direitos Humanos da OAB da 4ª subseção Rio Claro, SP, em reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos para prevenção do Bullying, em prol da Cidadania, dos Sujeitos Titulares de Direitos Humanos, da Sociedade Doméstica e da Comunidade Internacional.

Eu recebendo a Moção de Aplausos pelas mãos do Doutor Orlando Pilla  Filho


Gostaria de agradecer à Cidade de Rio Claro pela hospitalidade, pelo carinho e atenção para comigo. 
Agradecimento especial para a minha amiga e colega de ativismo Elisandra Pauleli, pela oportunidade de participar do II Fórum Faça Amizades Bullying Não. 
Adoraria ressaltar que, foi uma honra sentar-me á mesa de trabalhos com tão respeitáveis mestres. 
Gostaria também, de agradecer à Comissão de Direitos Humanos da OAB Rio Claro pela concessão do título "Moção de Aplausos". 
Esse título significa muito para mim e para minha carreira.
Alexandre Saldanha (Liga Anti-bullying)  e
Elisandra Paulelli (Faça Amizades Bullying Não)


Eu no II Fórum Faça Amizades Bullying Não. 

Alexandre Saldanha
Ana Maria Belém de Freitas Betetto
Dr. Orlando Pilla Filho

domingo, 28 de outubro de 2012

ESCOLAS TAMBÉM SÃO RESPONSÁVEIS POR BULLYING


Uma escola do Rio de Janeiro foi condenada judicialmente a pagar R$ 35 mil, no ano passado, por danos morais à família de uma ex-aluna vítima de bullying, por agressões que ocorreram em 2003. O episódio não é um caso isolado no Brasil. Já existe uma jurisprudência crescente no sentido de responsabilizar tanto a instituição de ensino quanto a família do agressor, menor de idade, por não ter tomado medidas suficientes para evitar ou lidar com o problema. Diante desse cenário, as escolas não têm mais como ignorar o bullying. Para prevenir as agressões e construir uma cultura de paz, na opinião dos especialistas, não basta apenas instituir regras ou punições, é preciso compreender melhor esse fenômeno social, suas causas e a importância do processo educacional no aprendizado da convivência.
Antes de mais nada, é necessário saber identificar o bullying. Segundo a pedagoga Telma Vinha, doutora em Educação e professora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadora na área de Relações Interpessoais e Desenvolvimento Moral, o termo é utilizado para designar atos agressivos entre os estudantes, e sua prática apresenta mais de uma característica típica. Os aspectos principais relacionados ao bullying são quatro: há intenção do(s) autor(es) em ferir; são atos repetidos contra um ou mais alvos constantes; há uma espécie de concordância do alvo sobre o que pensam dele (por isso há crianças obesas que são alvos e outras não) e há um público que prestigia as agressões – os ataques são escondidos dos adultos mas nunca dos pares. “Vale a pena destacar que esses espectadores alimentam o problema, dando poder, prestígio [ao autor], por compactuarem com o que ocorre. Muitas vezes, este público participa com risos e olhares, mantendo a imagem de que isto é divertido e que pertence ao grupo dos mais poderosos ou, pelo menos, não faz parte do grupo dos mais ‘fracos’. Há também o medo de se tornar a ‘próxima vítima’. É preciso ficar do ‘lado do mais forte’”, ressalta Telma.
Mesmo quando às vezes tomam conhecimento do problema, algumas escolas não agem para tentar solucioná-lo; preferem fazer de conta que nada está acontecendo. Foi o caso das instituições de ensino públicas e privadas pelas quais passou Alexandre Saldanha, vítima de bullying durante toda a infância e adolescência, que acabou se tornando advogado e dedicando sua vida profissional e acadêmica ao combate desse tipo de violência. Saldanha conta que por ter sido uma criança “gordinha” e com limitações motoras devido a sequelas de uma hemiparesia direita, decorrente de seu nascimento prematuro, sofria com gozações perversas por parte dos colegas, que o levaram ao isolamento. Quando criou coragem para quebrar o silêncio, não obteve apoio. “As direções das escolas assumiram uma política corporativa, encobrindo o fato e afirmando que aquela situação se tratava de uma brincadeira de criança e, por isso, nada podiam fazer”, relata.
Do ponto de vista legal, o bullying – com essa denominação – não é crime, porém já existe uma proposta, que faz parte do projeto de reforma do Código Penal, para criminalizar a prática e instituir pena de um a quatro anos de prisão. Entretanto, atualmente, tanto as escolas quanto os professores e as famílias dos agressores podem ser responsabilizados pelas consequências do ato e condenados a pagar indenizações às vítimas por danos morais, como vem ocorrendo e sendo noticiado pela mídia cada vez com mais frequência, com base em dispositivos do Código Civil, da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Como o bullying acontece dentro das dependências do estabelecimento de ensino no período de estadia dos educandos, vê-se a figura da responsabilidade das escolas pelos danos causados pelos seus alunos entre eles ou a terceiros”, afirma Alexandre Saldanha, que atualmente mantém um blog sobre bullying e Direito.
No caso do cyberbullying, em que as agressões ou ofensas acontecem no meio virtual, a responsabilidade só pode ser atribuída também à escola se o aluno usar o computador da instituição de ensino para o seu ataque aos colegas. Caso o problema ocorra fora da escola, são os pais ou responsáveis que terão que arcar com as consequências dos atos do filho menor de idade.
Conscientização
Ainda é difícil precisar a gravidade do bullying no Brasil. O estudo Bullying no Ambiente Escolar, realizado pela organização não governamental Plan Brasil, voltada para a defesa dos direitos da infância, revelou que o ato foi praticado e sofrido por 10% dos alunos pesquisados. Nesse estudo, denominou-se bullying a agressão a uma mesma pessoa superior a três vezes durante o ano letivo. Participaram da pesquisa, concluída em 2010, 5.168 estudantes, além de pais, responsáveis, professores e gestores de instituições nas cinco regiões do País. Já em um estudo feito em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase um terço dos alunos respondeu já ter sofridobullying alguma vez na vida.
Com a exploração crescente do tema pela mídia, muitas vezes sem as informações adequadas, não é incomum que exista uma confusão entre o que faz parte dos conflitos naturais do processo de convivência na infância e adolescência e o que pode ser configurado como bullying. Por causa dessas distorções, problemas que deveriam ser tratados no âmbito escolar estão indo parar nos fóruns e nas delegacias. É com o intuito de diminuir essas ocorrências que o Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude do Ministério da Justiça de Santa Catarina desenvolve desde 2010 a campanha Bullying, isso não é brincadeira. O programa integra as ações de uma lei antibullying, aprovada no Estado de Santa Catarina em 2009. “Percebemos que havia um grande número de crianças e adolescentes que eram apontados como autores de ato infracional quando, na verdade, haviam praticado uma infração disciplinar. Assuntos que deveriam ser resolvidos dentro da escola estavam sendo judicializados”, explica a promotora de Justiça e coordenadora do CAO da Infância e Juventude, Priscilla Linhares Albino. Segundo a promotora, muitas vezes coisas simples como um empurrão ou o uso de um apelido, em episódios esporádicos, estavam sendo confundidos com atos infracionais. Priscilla ressalta que todos os comportamentos inapropriados devem ser observados pelos responsáveis nas escolas; entretanto, isso não significa que essas ações possam ser classificadas como bullying.
Para esclarecer a comunidade escolar, foram desenvolvidos e enviados materiais sobre o tema para todas as instituições de ensino catarinenses. O Ministério da Justiça também promoveu palestras para professores, psicólogos e assistentes sociais. Depois da campanha, segundo Priscilla Albino, houve uma mudança no comprometimento das escolas e dos educadores, além da redução do número de casos encaminhados para a Justiça.
Formação e prevenção
Para combater o bullying, não basta punir o culpado. Aliás, muitas vezes o autor da prática também já foi vítima de violência. Para ter resultados efetivos e consistentes, as escolas precisam atuar nas causas, buscando compreender melhor o contexto educacional. “As medidas punitivas sugeridas são controversas e humilhantes, podendo acarretar sentimentos de raiva e vingança posterior. Além disso, fazem com que o autor ‘quite o débito’, não possibilitando a tomada de consciência do alcance dos seus atos”, alerta Telma Vinha. A pedagoga destaca a importânciade investir na qualidade das relações interpessoais, a partir de um exercício de resolução de conflitos cotidianos, e da realização de um trabalho em que os alunos desenvolvam o autorrespeito e, consequentemente, o respeito pelo outro. Telma não acredita que propostas focadas apenas no estabelecimento de regras e deveres contribuam para uma convivência ética e saudável.
O advogado Alexandre Saldanha também não aposta no modelo punitivo tradicional como forma de evitar o bullying. Saldanha propõe o uso de uma forma alternativa à justiça comum. “A justiça restaurativa promove o diálogo entre as partes envolvidas em agressões, sem prévios julgamentos de quem está certo ou errado. Todos são ouvidos igualmente e, da mesma forma, são envolvidos em torno do comprometimento de solucionar pacificamente o conflito”, observa.
Para Nei Alberto Salles Filho, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG-PR) e coordenador do Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivências (NEP), o bullying é apenas parte de uma situação muito mais ampla e complexa. “Embora seja um problema sério, é o que podemos chamar de ‘ponta doiceberg’ de um processo de falta de respeito, intolerância, de total identificação com o outro; ou, dito de outra forma, obullying é o resultado da falta de um clima escolar acolhedor e relações de convivência positivas”, resume. Nei Salles acredita que o contexto em que as crianças e os adolescentes estão crescendo, observando muitas vezes adultos violentos, competitivos e intolerantes na família, no trânsito e até nas escolas, influencia esses comportamentos. Para lidar com essa realidade, o professor da UEPG defende a formação ampliada dos docentes, de modo a capacitá-los para perceber a complexidade do processo educacional. O trabalho do NEP, segundo o coordenador, baseia-se nos processos de restauração dos valores humanos, mediação de conflitos, qualificação das convivências escolares e fortalecimento da gestão educacional voltada à educação para a paz, que são colocados em prática pelos professores em suas instituições de ensino depois do curso.
A escola não é a única responsável pelo trabalho de ensinar a boa arte da convivência. A família, como agente da socialização primária, exerce papel fundamental no aprendizado do viver em sociedade. Mas, para a professora da Unicamp, o fracasso da família nessa tarefa não implica no mesmo resultado pela instituição de ensino, onde acontece a socialização secundária. “A escola não pode depender do bom desempenho da família para educar seus alunos para a vivência em uma sociedade democrática e contemporânea e nem esperar receber alunos ideais como pré-requisito para ter êxito em sua tarefa. Aliás, as crianças que apresentam dificuldades provavelmente decorrentes do ambiente familiar são as que mais precisam do apoio da escola para se inserir socialmente”, defende Telma Vinha.

Matéria publicada na edição de setembro de 2012 da revista Gestão Educacional. Deixe seu comentário na seção Voz do Leitor.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MENINO MALUQUINHO E O BULLYING (EPISÓDIO: POR QUE COMIGO?)


O Menino Maluquinho foi maltratado por amigos mais velhos aos 5 anos. Aos 10, ele defende o garoto gordinho Tito, que passa a ser maltratado por Herman.
Baseado na obra de Ziraldo, é uma biografia poética do Menino Maluquinho, apresentado em três idades: aos 5, aos 10 e aos 30 anos.



domingo, 14 de outubro de 2012

A MODERNA CAVERNA DE PLATÃO


A cada geração que passa, vejo os adolescentes e os jovens se conformarem com um simulacro torpe e vil da realidade. 
Vejo as pessoas se comprazendo com a degeneração dos valores da dignidade humana, se identificando com a promiscuidade, confortando-se com a alienação e principalmente, distanciando-se voluntariamente do pensamento crítico e livre das misérias massificadas.
E nesta onda maléfica do lixo manipulador da cultura humana, lemos livros tolos, vemos programas e televisão vazios e ouvimos musicas imundas dos mais primitivos e pornográficos anseios bestiais. 
E ainda sim, há quem chame tudo isso de cultura popular.

Alexandre Saldanha
OAB-PR nº 47.535
Advogado, Cientista, Escritor, Palestrante, Ativista Social
Especialista em Bullying
Especialista em Mobbing
Pós-graduado em Direito Civil
Pós-graduado em Direito Processual Civil

ENSAIO SOBRE A DITADURA DA BELEZA LIQUIDA


“E se nós fôssemos todos cegos?”, ao que ele mesmo responde: “Mas nós estamos realmente todos cegos! Cegos da razão, cegos da sensibilidade…”. (José Saramago)

Nunca a sociedade viveu tanto na caverna de Platão quanto nos tempos atuais. Nunca as pessoas se contentaram tanto com a sobra da mentira disfarçada de simulacro da realidade.
A sociedade moderna encontra-se num momento em que o sentimento dá lugar ao senso das experiências sintéticas, das belezas fabricadas, dos valores líquidos e da coisificação da vida humana.
A beleza perdeu sua essência, seu encanto e ganhou preço, tamanho, forma e marca.
Ter é mais belo do que ser. Ter um corpo talhado é mais belo do que conquistar uma alma pura e uma mente sã e culta.
Ter coisas de incalculável valor monetário é mais belo do que ser detentor do senso para observar as sutilezas dos momentos mais simples da vida.
A cada período se passa, a humanidade procura a beleza de suas carcaças, a simetria perfeita das formas que vestem suas almas, e esquecem por completo, da pureza de suas naturezas.
A beleza não é mais a conquistada com o burilar do caráter e com generosidade dos atos cotidianos, mas sim, com a forma exterior fabricada por meio da reconstrução estética que, pode ser comprada e vendida com a finalidade de satisfazer o narcisismo, a lasciva e vaidade mesquinha da alma.
Jovens desejam satisfazer sentimentos sexuais cada vez mais primitivos, desejam relações intersubjetivas cada vez mais fugazes e imediatistas. Em nenhuma outra época foi tão fácil ter sexo e, ao mesmo tempo, tão difícil se conquistar amor.
Com isso concluí-se que essa moderna beleza sintética esvazia a mente, prostitui a dignidade, apodrece o coração e degenera os valores da verdadeira beleza da natureza humana.
Mas, o pior deste conceito é a sua incontestável contribuição para as brutalidades do ser humano. Esse conceito fechado e genérico de beleza plástica acarreta sobremaneira para propagação da intolerância, do preconceito e da violência, pois, as pessoas costumam rechaçar as próprias incapacidades e frustrações quando tripudiam as características físicas do outro.
A capacidade de aceitar a si próprio como um ser perfeito dentro de suas condições naturais, e por isso, detentor de beleza única em sua singularidade, consiste no caminho para a pacificação das relações sociais.
Acredito que a beleza, enquanto característica de notável admiração social deve nascer do binômio caráter e atitude.
Esse binômio é capaz de cativar as emoções mais puras nas relações sociais, porque imprime na alma a afeição inabalável da beleza interior de quem cativa.
Sendo assim, não poderá qualquer noção massificada fugaz, nem ação deletéria do tempo na plasticidade no corpo físico, abalar a essência da beleza cativada na alma.
Ao passo que, a mera beleza física não passa de um momento de parnasianismo passageiro, uma vez que não passa de uma visão distorcida da realidade.
A realidade é que, apenas o sentimento de bem querer essencial é capaz de tornar qualquer pessoa bela, como de fato é.
A construção plástica de uma simetria física da estrutura humana, nunca fará do corpo algo verdadeiramente belo e perfeito, livre dos defeitos, manchas, e imperfeições que, vez por outra são maquiados.
Neste sentido, temos o ensinamento de José Saramago[1] numa metáfora alusiva a Romeu e Julieta em que fica demonstrado que apenas a beleza plástica do corpo não é capaz de arraigar simpatia duradoura na alma.
Se o Romeu da história tivesse os olhos do falcão, certamente, não se apaixonaria pela Julieta, porque os olhos dele não veriam uma pele agradável de ver.
Porque com a acuidade visual do falcão, não mostraria a pele tal qual a vemos.
Ao fim, concluí-se que noção moderna de beleza física cultua uma estética passageira e extremamente deteriorável, que serve apenas, para satisfazer fins egoístas de uma ditadura social.
Ao passo que a beleza interna é construída com experiências de vida, sentimentos que aperfeiçoam a psique e oportunizam o encanto pela essência do caráter. E está beleza é inesgotável, atemporal e imune aos modismos da ditadura socioeconômica.
Por que a felicidade da vida em ver a beleza em todas as coisas e criaturas do mundo está num pequeno segredo de Antoine de Saint-Exupéry[2]:

“(...) só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Apenas no dia em que a humanidade se tornar sensível às sutilezas da beleza interior, apenas do dia em que homens, mulheres e crianças puderem ver através da janela da alma é que teremos o verdadeiro sentido da beleza.
E então, será neste dia que construiremos o verdadeiro respeito, o sincero amor e conquistaremos a tão almejada pequena medida de paz chamada felicidade.
Alexandre Saldanha
OAB-PR nº 47.535
Advogado, Cientista, Escritor, Palestrante, Ativista Social, Blogueiro;
Pós-graduado em Direito Civil
Pós-graduado e Direito Processual Civil
Especialista em Bullying
Especialista em Mobbing
Fundador da Liga Anti-Bullying no Facebook










[1] Saramago, José. Depoimento retirado do Documentário: “A Janela da Alma” de João Jardim e Walter Carvalho, 2001, Brasil.
[2] Saint-Exupéry, Antonie de, O Pequeno Príncipe, 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TEXTO PARA REFLEXÃO: O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA

O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA

No dia em que deixei de ser criança, eu já tinha completado meus vinte e tantos anos de idade.  
Neste dia percebi que heróis não usam capa nem espada, descobri que as pessoas que a gente ama muito não vivem para sempre, que cortem doem bem menos do que palavras, que a vida é muito menos lúdica do que eu acreditava quando tinha apenas cinco anos de idade.
Quando deixei de ser criança, descobri que as pessoas tem preço, que os sonhos custam caro, que papai Noel Pode ser qualquer um de nós, Que a doçura não está no açúcar, mas sim, no coração.
Quando cresci descobri que vida custa caro, que amar dói, que chorar pode não ser só de tristeza.
No dia em que deixei de ser criança, descobri que não existe “um final feliz” para a vida, mas, sim a ausência do que antes estava e agora já não está mais.
Quando deixei de ser criança deixei de ter medo do escuro que habitava mente porque descobri que há luz nos momentos de contentamento da vida.
Quando deixei de ser criança, descobri que os trovões são as músicas da chuva, e que a chuva lava a alma e leva toda a sujeira do mundo.
Quando cresci aprendi tanto...
Quando deixei de ser criança, descobri que o melhor das lembranças não está depositado nas coisas que guardamos para lembrar a infância, mas, estarão impressas eternamente na alma e no coração.
Quando deixei de ser criança, não fiz isso por tristeza ou mágoa, mas, fiz isso porque respeito a pureza que guardei num planetinha dentro de mim chamado coração.
Lá, no planetinha coração, eu sou rei do meu amor, dos meus sonhos, e é que mora uma pequena flor chamada esperança.
Quando deixei de ser criança, fiz isso para proteger o menino que vive dentro de mim e que acredita na felicidade incondicional de uma maravilhosa brincadeira chamada vida.

Alexandre Saldanha
OAB-PR nº47.535 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

EVENTO ABORDA A PRÁTICA DE BULLYING


No próximo dia 26, às 19h30, acontece o II Fórum de Debates "Faça Amizades, Bullying Não" naFaculdade Anhanguera de Rio Claro. O projeto conta com parceria da OAB de Rio Claro – Comissão de Direitos Humanos.

Os temas a serem abordados neste ano são: Definição entre bullying e mobbing, bullying como modalidade de Assédio Moral, como o bullying afeta o ambiente escolar, danos psicológicos do bullying: autor, vítima, espectador e família; bullying é um mal social; e como os direitos humanos podem contribuir para erradicação e prevenção do bullying.

O Faça Amizades, Bullying Não é de autoria de Elisandra Pauleli, e nasceu no ano de 2011 com o I Fórum de Debates: Faça Amizades, Bullying Não; em parceria com a OAB de Rio Claro – Comissão de Direitos Humanos na faculdade Asser de Rio Claro, com o intuito de divulgar o tema bullying, pois a informação muda o caráter das pessoas. Nesse mesmo ano, o Faça Amizades, Bullying Não, com o objetivo de levar respostas com base técnica sobre o tema, se torna membro da Liga Anti-Bullying sobre a orientação do Dr. Alexandre Saldanha, advogado especialista em bullying e mobbing.

E também em parceria com o projeto Caravana na Onda da Cidade Azul, o projeto realiza uma Oficina de Rádio Teatro aos sábados na escola Joaquim Ribeiro com um texto teatral que retrata o bullying e suas mudanças através de práticas altruístas e responsáveis.



Esta é uma reprodução da notícia publicada na edição impressa do Jornal Cidade