sábado, 15 de fevereiro de 2014

GORDINHOS, AS VÍTIMAS DO BULLYING.

Pesquisa revela que jovens acima do peso são os mais agredidos na escola



Por 14.02.2014 | 17:30 | Anna Simas - annas@gazetadopovo.com.br

Quase três entre dez jovens estão acima do peso no Brasil, mas o risco que eles correm não se limita à saúde. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na última semana, os gordinhos são também as maiores vítimas de bullying na escola, principalmente nas particulares. Do total de adolescentes obesos, 63% dos que estudam na rede privada sofrem algum tipo de agressão. Na rede pública, o número é um pouco menor, 54%, mas não menos preocupante.

As consequências são grandes. Além de depressão, insônia, falta de vontade de socializar com os colegas e baixa autoestima, muitas das vítimas chegam a pensar – ou cometer – suicídio. De acordo com o professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Cloves Amorim, que estuda bullying há mais de uma década, os problemas não param por aí. É também comum que os jovens tenham dificuldade com o início da atividade sexual, por não se sentirem seguros com o próprio corpo.

Tudo isso leva ao isolamento e pode, inclusive, prejudicar o desempenho escolar, pois ir à aula se torna um grande sacrifício. “O horário do intervalo e da educação física são os piores, pois é nesses períodos que o bullying acontece”, comenta o advogado Alexandre Saldanha, autor de livros sobre o assunto.

Vingança

Tanto menina quanto menino que esteja acima do peso pode ser uma vítima do bullying. Mas os especialistas são unânimes em dizer que geralmente é a garota que mais sofre com ele. “Elas são alvo de intriga e fofoca. Sem contar que elas estão mais sujeitas à ditadura da beleza, então para elas ser gorda é pior”, diz Saldanha. 

Depois de passar um tempo sob humilhação, não é improvável que mesmo que ela gere uma sequela. É bem comum que a vítima passe a ser o agressor e fazer a mesma coisa com os colegas acima do peso. Mas a agressão não é de graça. De acordo com os dados da pesquisa, em 39,4%  dos casos ela serve como mecanismo de defesa.

Para resolver

Lidar com xingamentos, risadas e humilhação não é, obviamente, nada fácil. Nem sempre a vítima tem coragem de contar a alguém o que acontece e como se sente. A solução pode vir de duas maneiras.

Uma delas é contar à família. É ela que poderá procurar ajuda psicológica e ir à escola para conversar com a direção . Mas se a pessoa quiser lidar sozinha com o problema, a outra forma é conversar diretamente com algum orientador ou pedagogo da escola. Geralmente ele é capaz de resolver a situação sem expor mais ainda a vítima à turma.

Do sofrimento à solução

Se por um lado o bullying é traumático e tem consequências sérias, por outro pode servir como estímulo à perda de peso. Para ser aceito – e se sentir bem – muitas das vítimas partem para a dieta e academia, a dobradinha mais recomendada pelos médicos.

Mas claro que fechar aboca e entrar na academia não é tão fácil quanto parece. “A oferta de comida não saudável é muito grande para os jovens. Eles se veem diante de uma escolha difícil, que é sentir o prazer de comer ou ser magro e se sentir bonito. Muitos escolhem a redução de peso”, diz o endocrinologista do Centro de Obesidade Infantil do Hospital Sabará, de São Paulo, Felipe Lora.

A recomendação do médico é ir em busca de um plano de tratamento, que envolve não só atendimento médico, mas também um nutricionista, educador físico e psicólogo. Mas, para que tudo isso dê certo, a família não pode ficar de fora. “A maioria dos jovens obesos, 80%, são assim porque os pais também estão acima do peso. Por isso a casa inteira tem de mudar. Caso contrário será mais difícil ter uma dieta saudável enquanto pai e mãe continuam com a alimentação de antes”, comenta Lora.

Porém, em alguns casos, existe a possibilidade de cirurgia bariátrica para pacientes a partir de 16 anos. Para fazê-la é preciso ter o Índice de Massa Corporal (IMC), acima de 40.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

NOTA DE ESCLARECIMENTO

NOTA DE ESCLARECIMENTO
Estão me confundindo com um torcedor homônimo do São Paulo que protestou ontem contra o jogador Pato.
Só para constar, não sou eu por três motivos importantes:
ü NÃO GOSTO DE  FUTEBOL, LOGO NÃO FREQUENTO ESTÁDIOS NEM ASSISTO JOGOS;
ü NÃO TORÇO PARA TIME NENHUM, NEM DO MEU ESTADO NEM DE ESTADO NENHUM.
ü NUNCA ESTIVE EM QUALQUER ESTÁDIO OU JOGO DE FUTEBOL NO ESTADO DE SÃO PAULO.

Sou ativista social pacifista, e as causas pela qual luto não possuem bandeiras, partidos ou times.

Jamais empregaria minha opinião ou exporia minha imagem para defender temas sobre divergências desportivas de cunho futebolístico. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

ESCOLAS TAMBÉM SÃO RESPONSÁVEIS POR BULLYING



Segue o link para visualização e download da matéria sobre bullying escolar em que dei entrevista para O órgão CIFA.ORG: para ler na ítegra, clique aqui