segunda-feira, 18 de maio de 2015

UMA DÉCADA DEDICADA A COMBATER O BULLYING


A minha carreira como ativista social antibullying completa dez anos, e foram os melhores da minha vida. Tempo em que dediquei toda a energia e criatividade de minha juventude. Minha missão foi trazer a colação o tema bullying, o que fiz com toda dedicação e paixão da minha vida.
Nos primórdios da minha jornada encontrei dificuldades de toda sorte, mas, minha vontade de transformar o mundo em que eu vivia foi sempre mais forte do que qualquer obstáculo que se colocou em meu caminho nos últimos dez anos.
Minha jornada foi a de conquistar corações, pacificar almas, aplacar dores e mostrar que a educação e a conscientização da igualdade eram os únicos instrumentos para que as pessoas encontrassem o caminho para a dignidade da pessoa humana que é a grande garantidora da paz social.
Fui abençoado com uma família amabilíssima que me apoiou incondicionalmente nesta jornada, bem como, tive mestres carinhosos e caridosos que não pouparam esforços para tornar este meu sonho de justiça uma realidade.
E o sonho se tornou realidade, criamos uma ciência jurídica, criamos grupos de ativistas e grupos de ajuda às vítimas de bullying.
Mesmo sendo de grafia simplória e produção independente a literatura científica que compus atingiu sua função de educação e conscientização social, provando que é possível mesclar o direito com a psicologia, a pedagogia, a música e a cultura pop.
E de repente, esta obra se tornou maior do que minha própria vida, de maneira que, ganhou vida própria para mais tarde ganhar o mundo.
Hoje, a ciência antibullying e suas teorias de pacificação, justiça e igualdade são lidas nos quatro cantos do mundo, e eu sinto que minha missão foi cumprida, ou seja, eu consegui trazer o bullying para o meio acadêmico jurídico de forma simples e direta.
Hoje vejo uma era de combate ao bullying, em que a sociedade se levanta e caminha sozinha em busca da cura para este desvio de comportamento.
Eu vejo vítimas se recuperando e aprendendo a defender sua dignidade por meio do direito.
Eu vejo pais e professores buscando informação para adquirirem formas alternativas para educar e conscientizar jovens e crianças quanto aos malefícios deste assédio.
Muito mais do que sentir-me realizado, tenho a sensação de dever cumprido.
Superei todos os meus obstáculos para levar o conhecimento e a ciência para todos os níveis de compreensão.
Esforcei-me ao máximo para contribuir da melhor forma para uma sociedade pacífica próspera e justa, em que a dignidade e a tolerância são priorizadas acima de qualquer outro valor.
Porque sempre acreditei que todas as pessoas são forças indispensáveis para promover a paz, bem como, acredito que, um dia, todas as pessoas serão apontadas pela luz de suas essências e não por suas origens, orientações, ou limitações.

Curitiba, 18 de Maio de 2015.

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