sábado, 2 de fevereiro de 2013

QUANDO APRENDI QUE O QUE DEIXAMOS NESTA VIDA TERRENA ECOA PELA ETERNIDADE (HOMENAGEM PARA MINHA AVÓ)


Há um ano todas as reuniões de família, os almoços de domingo, os lanches da tarde, os aniversários e datas comemorativas deixaram de ser tão especiais assim.
Há um ano tudo o que eu conhecia como símbolo familiar, amor incondicional, lembranças dos melhores momentos da minha infância e juventude, partiam junto da minha avó desse mundo terreno.
Daquele dia em diante minha vida nunca mais foi a mesma, nunca mais sorri como antes, nunca mais pude chamar o nome da minha avó com a certeza que eu seria respondido.
Há um ano uma parte de mim morria, partia sem volta.
Há um ano descobri o que não temos todo tempo do mundo para amar, que cada minuto é precioso ao lado de quem amamos.
Há um ano descobri que o amor dura mais do que uma vida. O amor é eterno, a saudade também.
Sinto falta de falar com minha avó, de ouvi-la falar das coisas cotidianas, de comentar de novelas, notícias.
Minha avó foi um dos alicerces familiares mais importantes da minha vida. Com ela aprendi grande parte dos meus valores humanos e familiares.
Sinto falta de fazer carinho nela, de abraçá-la, e de ouvir seus conselhos sempre tão sábios e doces.
Minha avó me ensinou que devemos perseguir o sonho, o ideal, por mais que eles pareçam impossíveis e estranhos aos olhos das pessoas.  
Minha avó me ensinou que a vida tem que fazer sentido, e que o único sentido da vida é buscar o contentamento sem jamais perder a fé na família, na compreensão entre as pessoas e na alegria.
Minha avó acreditava que cada um de nós é um jardim que deve ser cuidado com amor, alegria, fé e esperança, e as pessoas que nos cercam eram como as borboletas deste jardim, que chegam a nossa volta ou não, conforme a luz que emanamos de nossas almas.
Saber que tive o privilégio de conviver com uma das pessoas mais doces do mundo, me faz um dos homens mais felizes e honrados do mundo.
Alexandre Saldanha.