sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TEXTO PARA REFLEXÃO: O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA

O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA

No dia em que deixei de ser criança, eu já tinha completado meus vinte e tantos anos de idade.  
Neste dia percebi que heróis não usam capa nem espada, descobri que as pessoas que a gente ama muito não vivem para sempre, que cortem doem bem menos do que palavras, que a vida é muito menos lúdica do que eu acreditava quando tinha apenas cinco anos de idade.
Quando deixei de ser criança, descobri que as pessoas tem preço, que os sonhos custam caro, que papai Noel Pode ser qualquer um de nós, Que a doçura não está no açúcar, mas sim, no coração.
Quando cresci descobri que vida custa caro, que amar dói, que chorar pode não ser só de tristeza.
No dia em que deixei de ser criança, descobri que não existe “um final feliz” para a vida, mas, sim a ausência do que antes estava e agora já não está mais.
Quando deixei de ser criança deixei de ter medo do escuro que habitava mente porque descobri que há luz nos momentos de contentamento da vida.
Quando deixei de ser criança, descobri que os trovões são as músicas da chuva, e que a chuva lava a alma e leva toda a sujeira do mundo.
Quando cresci aprendi tanto...
Quando deixei de ser criança, descobri que o melhor das lembranças não está depositado nas coisas que guardamos para lembrar a infância, mas, estarão impressas eternamente na alma e no coração.
Quando deixei de ser criança, não fiz isso por tristeza ou mágoa, mas, fiz isso porque respeito a pureza que guardei num planetinha dentro de mim chamado coração.
Lá, no planetinha coração, eu sou rei do meu amor, dos meus sonhos, e é que mora uma pequena flor chamada esperança.
Quando deixei de ser criança, fiz isso para proteger o menino que vive dentro de mim e que acredita na felicidade incondicional de uma maravilhosa brincadeira chamada vida.

Alexandre Saldanha
OAB-PR nº47.535